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lundi 5 juillet 2010

Quartier Latin


Lembro bem que no começo do ano 2000, estava eu sem saco para assistir as aulas do cursinho pré-vestibular, e resolvi então levar para sala livros que nao fossem de matemática ou quimica para poder ler. Desses livros, um chamava-se "O começo do fim", nao lembro do autor. Esse livro falava sobre os protestos estudantis na França em maio de 68. Movimento estudantil que eu desconhecia, que nao havia visto nada nas aulas de história, mas que ao ler o livro,me encantara. O autor escreveu sobre aquilo que viu, sobre as pedras que viu passar por cima de sua cabeça, sobre as pedras que também jogou, sobre o correr da policia, sobre as madrugadas de luta... um bom relato, sobre um movimento tao interessante. Um movimento que buscava questionar nao só um modelo academico, mas um modo de vida. Um movimento que acreditava que outros modos de se viver eram possiveis. Uma frase muito interessante foi pichada nos muros do Quartier Latin "Sejamos realistas, tentemos o impossivel" e creio que era isso que movia os milhares de jovens que lutaram por dias contra a policia, os milhares de operarios que entraram em greve e se somaram aos estudantes, as pessoas que jogavam pães e chocolates da sacada de suas casas, para alimentar, o pouco que fosse, aqueles que resistiam nas ruas...um livro que me marcou pela força que tem esse movimento...lá para o meio da década, creio q pelo ano de 2004 ou 2005, esse tema volta. eu já no meio da minha graduaçao em psicologia, pela Universidade Federal de Sergipe. Em meio a discussoes numa disciplina chamada Esquizo-analise, ouço falar novamente sobre esse movimento e lembrara do livro lido ainda no ens. médio...e vinha a saber que esse movimento havia ecoado nao só pelas ruas do Quartier Latin, mas em produçoes literárias muito interessantes, um (nao) livro como Anti-édipo, de Gilles Deleuze e Felix Guattari, é um grande exemplo desses ecos.
E agora, em 2010 cá estou eu passeando pelas estreitas ruas do Quartier Latin, imaginando como foram aqueles dias de 68 e quao diferente é o que se tem hoje. Um lugar tido como ponto turistico, seja para quem quer ver a bela arquitetura das pequenas ruas, seja para aqueles que querem aproveitar os bons cafés e restaurantes, os que querem comprar um bom livro, nas diversas areas de saber ou mesmo para mim que quero aproveita-lo nisso tudo que falei e até naquilo que me possa surgir pelas andanças. Foi um pequeno passeio, mas ainda voltarei lá nos proximos dias.
Para aqueles que querem saber mais sobre o Maio de 68, pesquisem pela net; tem o filme os Sonhadores, de Bertolucci, que se passa durante os protestos...deve ter muita coisa por essa net!!

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